Representantes de várias entidades como a Epamig, Fundetec, Banco do Nordeste e UFMG estiveram reunidos na manhã desta terça-feira para montar um grupo técnico de discussão da grave questão das pastagens do Norte de Minas. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Montes Claros e vice-presidente da FAEMG, Ricardo Laughton, esta é mais uma iniciativa que visa consolidar a busca pelo aperfeiçoamento das gramíneas para a região.
“A pastagem, que é uma cultura definitiva em praticamente todas as regiões do país, aqui passou a ser anual: o produtor planta, e no ano seguinte, por falta de chuva, morre. Há muito tempo que a classe rural vem defendendo políticas de aperfeiçoamento genético para as gramíneas, de modo a adaptá-las à realidade nossa de pouca chuva, em pouco tempo”, explica.
Ricardo ressalta que após assumir a vice-presidência da FAEMG, conseguiu que a entidade influenciasse a CNA para firmar um convênio com a Embrapa para a pesquisa nesse sentido. “O Norte de Minas Gerais há seis anos firmou uma parceria em uma Fazenda Experimental de sua propriedade com a EPAMIG, com estes mesmos objetivos. Conseguimos essa importante parceria com a EMBRAPA, e continuamos com as discussões para atingir esse objetivo, de dotar o semiárido com forrageiras resistentes, que é o grande sonho dos pecuaristas", diz.
O diretor assuntos creditícios da Sociedade Rural, Rômulo Marques, explica que as entidades já possuem os projetos prontos, e buscam apoio político para colocar em prática as ideias. “O que temos discutido é que sabemos o que queremos, temos nossos projetos de pesquisa já elaborados, que estão prontos e há cerca de oito anos aguardamos recursos para conseguir alavancar esses projetos, sem desmerecer outros, que estão sendo sugeridos, como a cultura do sorgo, adubação, e do fazendeiro produtor de água, por exemplo”, diz.
Dirceu Martins, gerente regional do Senar, explica que a informação e a profissionalização são a chave para o trabalho no campo. “A gente vê com bons olhos essa iniciativa do Sistema FAEMG, por meio do Inaes, em ter essa preocupação com a situação da pecuária, pois reconhecemos a importância social e econômica da pecuária, não só de corte, como leiteira, para a região, e o Senar não se furta de estar presente nesse momento, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio regional”, diz.
Pierre Vilela, superintendente do Inaes (Instituto Antonio Ernesto de Salvo), afirma que a reunião é importante para ouvir das entidades da região para conhecer as alternativas propostas. “Nós estamos aqui provocando a região a nos dizer qual será o caminho necessário para se articular para solucionar o problema que vem sendo rotineiramente colocado em pauta, que é a sustentabilidade do semiárido mineiro”, afirma.
Também estiveram presentes na reunião representantes da Dow AgroSciences, Elanco e Sicoob Credinor.
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