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  • Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros

Presidente da FAEMG convoca Sindicatos a se unirem para uma nova realidade


A situação atual do agronegócio e as mudanças que o futuro sinaliza estiveram no centro da abertura do 7º Encontro de Presidentes de Sindicatos Rurais, realizada neste dia primeiro de agosto, no hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. O evento, promovido pela FAEMG, vai até o dia 3, quinta-feira.

O presidente da FAEMG, Roberto Simões, falou para mais de 140 presidentes de Sindicatos de todos as regiões de Minas Gerais e conclamou o setor a fazer uma séria reflexão sobre o momento econômico e institucional vivido pelo Brasil e os reflexos da realidade sobre o campo. Durante a palestra “Agronegócio: situação atual, mudanças e futuro”, Roberto Simões expôs os números do estado e destacou a maneira competente como o agronegócio em Minas Gerais tem atravessado as dificuldades atuais da economia e como se posicionou competentemente até aqui. Ele enfatizou o fato de que, em Minas Gerais, as atividades rurais são diversificadas e respondem por 43% do PIB mineiro. Roberto Simões enalteceu o esforço do agricultor para que o agronegócio continue sendo a grande vocação das economias mineira e brasileira.

No entanto, ele chamou atenção sobre as mudanças que estão acontecendo pelo mundo, em diversos setores, incluindo a agricultura. Roberto Simões enfatizou o impacto das inovações tecnológicas no setor e disse que é necessário e inevitável a incorporação de novas tecnologias. “Nesse quadro de mudanças quem não se preparar tende a desaparecer”, enfatizou, citando como exemplo o fato de que “70% dos empregos atuais desaparecerão em 20 anos, devido à tecnologia. Novas formas de trabalho e sob novas perspectivas estão surgindo e precisamos estar atentos a elas”.

Outro tema abordado pelo presidente da FAEMG diz respeito ao cenário de insegurança generalizada vivido hoje pelo Brasil, da economia, à política, passando pela segurança no campo. E nesse cenário surgem, de acordo com ele, novas realidades que impactam nas atividades dos produtores diretamente. “A questão da sustentabilidade hoje é um imperativo“, enfatizou, mencionando o fato de que a população urbana tem crescido na mesma medida em que cresce a expectativa de vida. “Vemos surgir uma população que tende a ser cada vez mais exigente e bem informada e isso impacta diretamente na nossa atividade”, lembrou ele.

Referindo-se ao futuro próximo, Roberto Simões citou a importância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (um pacto universal pela sustentabilidade que tem como signatários praticamente todas as nações do planeta) e ressaltou que, dos 17 itens listados, 11 dizem diretamente à agropecuária. Ele fez referência à questão hídrica, às mudanças climáticas, às demandas nutricionais, ao surgimento de novas formas de fazer e pensar, às transformações digitais, ao fortalecimento da nanotecnologia, da biotecnologia, da genômica, entre outros. “Nossa agricultura vai ter que ter resiliência, vai ter que ser capaz de se adaptar, agregar novos valores. Quem não fizer isso está fadado a perecer. Informatizar ou desaparecer. Não há outra solução. Tudo vai se der através da inovação e da informatização. Não há mais formas de se trabalhar manualmente”, comentou, citando também a necessidade do empenho para atrair mais jovens para o setor: “a presença de uma juventude cada vez mais preparada pode nos ajudar a fazer essa transição e a entender esse novo mundo que está surgindo”.

Nova realidade para o sindicalismo

Roberto Simões mencionou também o novo formato proposto para o sindicalismo no Brasil e as mudanças da legislação o que, de acordo com ele, apontam para a necessidade de um novo posicionamento das entidades. “Devemos buscar novas formas de receita, de relacionamentos, de fornecimento de serviços. Precisamos nos reinventar e o momento é esse”, disse o presidente da FAEMG. “Se a obrigatoriedade da contribuição sindical não acabar agora terminará em alguns anos, inevitavelmente. Temos que começar a pensar em uma situação sem ela”, disse.

Finalizando sua palestra, Roberto Simões conclamou os agricultores a se unir e somar forças. “Precisamos nos dar as mãos e nos preparar para as mudanças que vêm aí. Queiramos ou não, não temos outro caminho. Somos uma força produtiva importantíssima na realidade do Brasil. Unidos podemos construir um caminho novo, nos adaptando às mudanças que batem à porta”, disse Simões. “Esse é o apelo que faço; é preciso dar as mãos nesse momento. O recado é esse: vamos para frente buscar soluções dentro da nossa realidade. Temos que trabalhar nosso futuro e nos responsabilizar por ele”, finalizaram.

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