Os produtores rurais têm até 31 de maio para vacinar os bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. A vacina é obrigatória. A multa para quem não vacinar o rebanho é de R$ 81,25 por cabeça. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) estima que deverão ser vacinados cerca de 23,6 milhões de animais.
O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Ricardo Laughton, ressalta que é indispensável o compromisso dos pecuaristas com a vacinação dos rebanhos. "Minas possui o segundo maior rebanho nacional de bovinos. São quase 24 milhões de animais. Além disso, possuímos, desde 2008, o status de área livre de aftosa com vacinação" diz.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior exportador mundial de carne bovina. O primeiro trimestre deste ano apresentou aumento de quase 23% na receita em relação ao mesmo período de 2017. "Principalmente no Norte de Minas, onde temos vocação natural para a pecuária, é preciso ter cuidado para manter a saúde e qualidade dos rebanhos", afirma Laughton.
A febre aftosa é uma doença causada por um vírus, altamente contagiosa, sendo transmitida por meio da saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes. A doença também pode ser transmitida pela água, ar objetos e ambientes contaminados, causando grandes prejuízos econômicos. "A contaminação dos rebanhos pela aftosa afeta o comércio internacional, principalmente para um país como o nosso", explica Laughton, que reforça a preocupação quanto à vacinação de todos os animais.