O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, José Avelino Pereira Neto, esteve em Brasília com o presidente do Sistema FAEMG, Roberto Simões, e presidentes de outros 35 Sindicatos Rurais de Minas Gerais, para reuniões e debates na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ministério da Agricultura, Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e Congresso Nacional.
Durante o encontro, José Avelino apresentou uma das maiores demandas do Norte de Minas, referente à Lei Federal 11.428/2006, denominada Lei da Mata Atlântica, e seu Decreto de Regulamentação 6660/2008. “As medidas transformam o Bioma Caatinga em Bioma Mata Atlântica. Isso é extremamente prejudicial ao desenvolvimento da região, visto que terras foram confiscadas e ficamos impedidos de aumentar a nossa produção”, explica o presidente.
Luta antiga dos produtores rurais da região, a questão da Mata Seca é discutida à exaustão. “Sempre que há oportunidade, entregamos documentos, laudos, pedidos e apelos aos representantes. Precisamos reverter essa situação, para que a nossa região consiga voltar a crescer”, afirma José Avelino.
O presidente explica que a inclusão da Mata Seca no Bioma Mata Atlântica prejudicou consideravelmente a região, impedindo melhorias e investimentos em propriedades rurais, que vêm sofrendo e perdendo pastagens ao longo dos oito anos de intensa estiagem. “Eles querem que preservemos o que eles já destruíram há muito tempo, e que banquemos os prejuízos sofridos pela região da Mata Atlântica”, lamenta.
O laudo técnico apresentado em Brasília também foi assinado pelos presidentes Aspronorte – Associação dos Sindicatos de Produtores Rurais do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, José Aparecido Mendes Santos, e da Asprocem – Associação dos Sindicatos de Produtores Rurais do Centro de Minas, Roberto de Castro Teixeira, e também foi entregue ao vice-presidente do Brasil, General Hamilton Mourão.
