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  • Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros

Sindicato Rural e Epamig reforçam importância da análise do solo


Um dos passos mais importantes dentro de um programa de adubação, a análise do solo ainda é negligenciada por muitos produtores rurais. Entretanto, ela ajuda – e muito – quando o assunto é aproveitamento na atividade rural. É o que explica a pesquisadora da Epamig Maria Geralda Vilela Rodrigues, a Magê.


“Com base na análise química e física do solo é que se realiza a interpretação do que o solo tem para fornecer (nutrientes minerais), de que forma [o solo] interage com o fertilizante e com a planta (pH, CE, granulometria), para então se definir as doses de adubos e corretivos, as fontes, e a forma de fornecimento”, esclarece Maria Geralda.


Entre os benefícios da prática está o aumento da produtividade e da qualidade, além da redução do custo e de permitir uma adubação eficiente e racional. A análise do solo tem baixo custo operacional, e pode ser realizada em qualquer época do ano.


“Quem faz a amostragem do solo é o próprio produtor rural. É preciso recolher uma amostra de meio litro de solo, retirada de uma área homogênea, e que seja realmente representativa do solo da área. A amostragem deve ser rigorosamente executada e, caso seja malfeita, não há como corrigir os erros. Uma amostragem inadequada resulta em análise inexata e em interpretação e recomendação equivocadas, podendo causar graves prejuízos econômicos ao produtor e ao meio ambiente”, alerta a pesquisadora.


Magê explica que é necessário encaminhar as amostras ao laboratório com pelo menos 90 dias de antecedência: tempo hábil para receber e interpretar os resultados, corrigir (calagem) e preparar o solo. “Orientamos, também, que o produtor dê preferência a um laboratório que faça parte de algum programa de qualidade. O Laboratório de Solos e Análise de Tecido Vegetal da Unidade Regional Epamig Norte de faz parte do Programa Interlaboratorial de Controle de Qualidade de Análise de Solo (Profert-MG), sendo detentor do selo de qualidade de suas análises”, reforça. “Em caso de dúvida, é importante solicitar informações de um técnico”, conclui.


Confira o passo a passo para recolher a amostra de forma adequada:

  • Separar a área em glebas homogêneas, inferiores a 20 ha, que apresentem condições semelhantes quanto a: cor e textura do solo, drenagem, posição na paisagem (baixada, encosta ou topo), vegetação anterior ao início do cultivo, cultivo anterior, cuidados e/ou apresentação do cultivo anterior (adubação, vigor, produtividade, etc.). Após a implantação da lavoura, são também consideradas glebas diferentes como diferença de cultivar, de idade da planta, de produtividade, ou de condução;

  • Cada gleba é representada por uma amostra composta de várias amostras simples – no mínimo 15. Como amostra simples entende-se a porção de solo coletada em cada ponto da área, em ziguezague, de forma a proporcionar a maior cobertura possível, amostrada.

  • Antes da implantação da cultura, amostrar o solo nas profundidades 0-20 e 20-40 cm, e solicitar análise química completa, análise física, teor de matéria orgânica e condutividade elétrica. A partir de então, amostrar apenas a profundidade 0-20 cm, pelo menos uma vez ao ano.

  • Coletar de 15 a 20 amostras simples para compor cada amostra composta;

  • A amostra simples não pode ser retirada de formigueiros, cupinzeiros, locais de queimada, deposição de fezes e/ou fertilizantes; e, evitar encaminhar amostras encharcadas;

  • Limpar superficialmente o ponto a ser amostrado, antes de retirar a amostra.

  • Colocar as amostras simples em recipiente livre de qualquer contaminante, preferencialmente de plástico, formando a amostra composta. Homogeneizar muito bem essa amostra composta;

  • Separar cerca de ¹/2 litro de solo dessa amostra composta e acondicionar em sacos de plástico devidamente identificados. O saco de plástico também deve ser limpo, livre de qualquer contaminante. Não utilizar plástico reciclado;

  • Identificar a amostra com o nome do proprietário e da propriedade, endereço, cultura, gleba (ou talhão), data da coleta, profundidade da coleta, quais análises a fazer. Acrescentar qualquer informação que julgue importante para localizar a área amostrada, facilitando a recomendação e a construção do histórico da propriedade;

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