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  • Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros

Pecuária de Corte: Painel Campo Futuro levanta informações sobre o setor




Na tarde da última segunda-feira, 31/08, o Sistema Sindical Rural (Sindicato Rural, Sistema FAEMG/Senar e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA), realizaram um painel de Custos de Produção da Bovinocultura de Corte. A reunião teve o suporte do pecuarista Alexandre Rocha, diretor do Sindicato Rural de Montes Claros, que mediou a participação de produtores do município.


O painel é parte do Campo Futuro, projeto desenvolvido pela CNA/SENAR. Participaram da discussão produtores rurais de Montes Claros, técnicos da FAEMG, e representantes do Sindicato Rural da cidade. Goiás, Mato Grosso e Pernambuco também receberam reuniões de levantamento.


Entre os pontos levantados durante o painel estão o tamanho das propriedades rurais da região, cultura e manejo dos animais, além da atual situação da compra e venda do rebanho. Foram definidos dois sistemas produtivos: uma propriedade de recria e outra de recria e engorda. Em ambos os casos, os custos com suplementação animal estão onerando o pecuarista.


De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Montes Claros, a discussão é necessária para que o Sistema FAEMG/SENAR possa traçar ações que irão potencializar a produção local. "Aqui já temos, além dos cursos e treinamentos oferecidos gratuitamente aos produtores rurais e suas famílias, o programa de Assistência Técnica e Gerenciamento (ATeG), que, atualmente, atende cerca de 30 propriedades na cadeia leiteira da base de atuação do nosso Sindicato, que abrange nove municípios", explica.


Os dados apontaram que a propriedade referência de cria possui 300 hectares, dos quais 80% são recobertos por pastagens, com lotação média de 110 animais por hectare. “Em relação ao custo operacional efetivo, a mão-de-obra representa 26% e a suplementação animal, 22% do total.


O cenário de incertezas quanto ao mercado, em termo de flutuação de preços, condiciona a existência de períodos em que a propriedade modal consegue pagar ou não os custos operacionais totais da atividade”, observou o analista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), parceiro da CNA no Projeto, Giovanni Penazzi.


A propriedade referência que se dedica a recria e engorda do gado tem área 600 hectares e 80% da sua área também é ocupada por pastagens. A suplementação animal representa 25% dos gastos do COE, enquanto os custos de reposição representam 53%.


O Campo Futuro está analisando custos de produção de pecuária de corte, avicultura, suinocultura e grãos, em diversas cidades do Brasil. Participaram dos levantamentos, além de CNA e Cepea, técnicos do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), produtores, sindicatos rurais e as federações de agricultura e pecuária dos quatro estados analisados.

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