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Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros

Sindicato Rural alerta para os riscos da brucelose



A prevenção, planejamento e os cuidados com a qualidade de vida dos rebanhos é de extrema importância para a sanidade animal, o que garante uma produção maior, melhor e segura de alimentos como carne, leite e derivados. É por isso que os criadores de animais precisam imunizar os rebanhos contra doenças como a febre aftosa e a brucelose. A vacinação é obrigatória e deve ser declarada ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).


O médico veterinário e instrutor do Sistema FAEMG/SENAR/INAES Valdivino Ferreira da Silva, explica que a brucelose é uma zoonose - ou seja, também pode infectar humanos - e tem como principal consequência o aborto gestacional das vacas, o que gera grandes impactos na produção de leite.


"Os problemas reprodutivos causados pela doença são responsáveis por cerca de 25% de perdas na produção de leite. Além disso, a brucelose também pode causar infertilidade no animal", esclarece.


A transmissão da doença acontece quando o animal sadio entra em contato com um animal infectado, principalmente por causa do hábito de se lamber que os bovinos têm. Outra forma de transmissão é pela ingestão de alimentos contaminados com urina ou fezes de animais doentes, além da ingestão de restos de placentas.


"Isso destaca, também, a importância do manejo correto dos animais, bem como as boas práticas na manutenção da higiene dos locais de produção animal", reforça Valdivino, que ministra cursos de capacitação na cadeia da bovinocultura de leite.


Imunização é obrigatória


O criador deve vacinar as fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade, e a imunização requer cuidados especiais na refrigeração e aplicação. "Por ser uma vacina viva, o procedimento precisa ser realizado por Médico Veterinário credenciado, que é responsável também por emitir a receita de compra da vacina e o atestado de vacinação das bezerras a ser apresentado ao IMA", explica o coordenador do escritório local do IMA em Montes Claros, Marco Túlio Pelaquim.


O produtor que não vacinar contra brucelose é passível de ser multado, tendo como base o número de fêmeas de 0 a 12 meses de vida que constam na ficha cadastral. É também obrigatória a apresentação de exames negativos de brucelose em situações como o trânsito do animal para fins reprodutivos.


Valdivino esclarece que, no Brasil, duas vacinas são utilizadas contra a brucelose. "A chamada B19 proporciona proteção de 75 a 80%, e deve ser aplicada em todas as fêmeas entre três e oito meses, em única dose. Já a vacina RB51 pode ser aplicada em todas as fêmeas com idade acima de três meses, bem como pode ser utilizada para vacinação estratégica, o que dá mais garantia de imunização do rebanho", diz.


O criador pode procurar o Sindicato Rural de Montes Claros para fazer a declaração da vacinação contra a brucelose. O rebanho pode ser imunizado a qualquer momento, e as declarações precisam ser feitas semestralmente. Mais informações pelos telefones (38) 3215-1058 e 99907-9520.

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