O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, José Avelino Pereira Neto, esteve reunido virtualmente nesta quarta-feira, 12 de janeiro, com com representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF). O encontro foi promovido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Na pauta, a Resolução Conjunta SEMAD/IEF Nº 3.102, de 26 de outubro de 2021, que dispõe sobre os processos de autorização para intervenção ambiental no âmbito do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
Após uma breve apresentação do histórico da Resolução Conjunta pela equipe da SEMAD, os representantes convidados puderam apresentar dúvidas e sugestões de melhoramento nas normas. Um dos principais problemas apresentado aos órgãos é a necessidade de estudo de fauna primária com campanha na estação seca e chuvosa para supressão de vegetação nativa acima de 50 hectares.
"Nossas terras possibilitam um grande crescimento na regeneração. Por exemplo, em dois anos, o extrato arbustivo cresce de quatro a cinco metros de altura. Se formos seguir o que exige o decreto, iremos transformar as áreas produtivas em florestas de inanição", explica Juvenal Mendes, líder da Comissão de Meio Ambiente do Sindicato Rural de Montes Claros.
As entidades participantes enviarão um documento completo, através da FAEMG, com as sugestões e justificativas para alterações. O presidente José Avelino aproveitou para pedir a suspensão da Resolução Conjunta, devido aos inúmeros problemas causados, solicitação reforçada por representantes sindicais de outros municípios.
O líder também destacou a importância do diálogo entre o poder público e as entidades de classe. "É necessário que o Governo escute os principais envolvidos e afetados pelas definições, que são os produtores rurais", ressaltou. A demanda foi corroborada pelo diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), Carlos Alexandre Gonçalves, que esteve recentemente em Montes Claros.
